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:: História da Imigração Japonesa no Brasil A abolição da escravatura no Brasil em 1888 dá novo impulso à vinda de imigrantes europeus, cujo início se deu com os alemães em 1824. Em 1895 é assinado o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre o Brasil e o Japão. Um ano antes, o deputado japonês Tadashi Nemoto estivera no Brasil e recomendou o envio de japoneses ao Brasil, fato que atendia a uma necessidade do Japão que passava por dificuldades econômicas. Inicia-se uma campanha para encorajar os japoneses a imigrarem. O Peru recebeu os imigrantes antes, mas por falta de infra-estrutura, muitos deles fugiram para o Brasil. O governo do estado de São Paulo deu apoio á vinda dos japoneses, e em 1906, Ryu Mizuno, da Companhia Imperial de Imigração chegou para inspecionar regiões agrícolas, acompanhado de Teijiro Suzuki. Mizuno retorna
ao Brasil no ano seguinte e assina acordo com o governo do estado de
São Paulo, para a introdução de 3 mil imigrantes
nos próximos três anos. Com 781 japoneses a bordo, o navio Kasato-maru aporta em Santos. De lá eles são transportados para a hospedaria dos imigrantes, em São Paulo, onde são divididos em seis grupos. A imigração na cafeicultura começa com péssimos resultados. Um ano depois, dos 781 imigrantes, apenas 191 permanecem nos locais de trabalho. A maioria estava em São Paulo, Santos e Argentina. Apesar disso, a imigração continua com a chegada da segunda leva de imigrantes em 1910. Começam a surgir núcleos agrícolas formados por imigrantes que já concluíram seus contratos com as fazendas. Com isso, áreas até então desocupadas são desbravadas, expandindo a fronteira agrícola em São Paulo e Paraná. Agricultores radicados na cidade de Cotia fundam uma Cooperativa Agrícola, em dezembro de 1926, para escoar sua produção de batatas sem dependerem de intermediários. Simples na origem, a iniciativa transforma-se na maior empresa agrícola do País. Os crescentes negócios dão origem à Casa Bancária Bratac, transformada no Banco América do Sul em 1940. A Segunda Guerra Mundial restringe a ação dos imigrantes. Escolas são fechadas e a população não pode ouvir a transmissão de rádio do Japão e nem mesmo falar seu idioma. Japoneses são detidos pela polícia por suspeita de espionagem e como conseqüência, a aglomeração de japoneses que acontecia na rua Conde de Sarzedas desaparece. A notícia do final da guerra cria uma controvérsia na comunidade japonesa. Chega a notícia da rendição no dia 14 de agosto de 1945, e no mesmo dia circula a notícia de que o Japão saiu-se vitorioso. Em várias regiões brasileiras surgem grupos que sustentavam a vitória japonesa, mais tarde conhecidos como Kachi-gumi. O Shindo Renmei, organização radical dos kachi-gumi, ataca e mata líderes da comunidade que divulgam a derrota japonesa. Yukishigue Tamura torna-se vereador de São Paulo em 1947, dando início à sua rápida carreira política e abre caminho para outros nikkeis. Relançamento dos jornais em idioma japonês, após o período de guerra. São Paulo Shimbun foi o primeiro deles, e foi lançado em 12 de outubro de 1946. Jovens deixam a agricultura para estudar e se dedicar ao comércio nas grandes cidades. Campanhas foram realizadas para levantar fundos para ajudar o Japão derrotado pela guerra. Atletas do Japão chegam ao Brasil para apresentações visando arrecadar fundos. Isso acaba incentivando a prática esportiva na coletividade. Em 1952 é assinado o Tratado de Paz entre o Brasil e o Japão. Nova leva de imigrantes chega ao Brasil para trabalhar nas fazendas administradas pelos japoneses. Grupo de jovens que imigram através da Cooperativa de Cotia recebem o nome de Cotia Seinen. O primeiro grupo chega em 1955. O cine
Niterói foi inaugurado na rua Galvão Bueno, na Liberdade,
em São Paulo, no dia 23 de julho de 1953. O crescimento industrial do Japão e o período que foi chamado de “milagre econômico brasileiro”, dá origem a grandes investimentos japoneses no Brasil. Os nisseis acabam sendo uma ponte entre os novos japoneses e os brasileiros. As
famílias agrícolas estabelecidas procuram novas
oportunidades buscando novos espaços para seus filhos. Projetos
como o do cerrado são abraçados por vários
nikkeis, por exemplo, o de São Gotardo/MG, iniciou-se em abril
de 1974. O rápido crescimento econômico japonês obrigou as indústrias a contratar mão-de-obra estrangeira para os trabalhos mais pesados ou repetitivos. Disso, resultou o movimento “dekassegui” por volta de 1985, que foi aumentando à medida que os planos econômicos brasileiros fracassavam. Parte da
família deixava o País como dekassegui, enquanto a outra
permanecia para prosseguir os estudos ou os negócios da
família. Isso ocasionou problemas sociais, tanto por parte
daqueles que não se adaptaram à nova realidade, como
daqueles que foram abandonados pelos seus entes e até perderam
contato. Com a
aproximação dos 100 anos da imigração
japonesa a ser comemorada em 2008, parte da comunidade nipo-brasileira
se organiza para as festividades, esperando deixar uma obra importante
para as futuras gerações. Em 2004, pela primeira vez, o
primeiro-ministro Junichiro Koizumi visita o Brasil e se emociona em
Guatapará, o berço da imigração japonesa. LEMBRE-SE:
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