:: Marcos
Yamada Ele foi 59
vezes ao Japão, 7 para a China, inúmeras viagens para
outros 50 países e 23 estados brasileiros, mas não
trabalha com turismo.
Formado No seu
escritório da Alameda Barão de Limeira, de onde
administra
as operações da Butterfly do Brasil, Marcos ficou cinco
horas relembrando e
contando as suas histórias. Marcos Yamada se destacou
como atleta no período de Nessa época, seu
interesse maior era o futebol, mas também jogava voleibol e
tênis de mesa. “O
clube era menor, tinha poucos freqüentadores e poucas atividades,
assim, muitos
acabavam praticando outras modalidades disponíveis”, explica
Marcos. Começou a ganhar
campeonatos de tênis de mesa, e quando o Nippon foi
começar os cursos de férias
em 1975, seu nome foi indicado como treinador. Tinha então 17
anos de idade. “Foi no Nippon que eu me
identifiquei como treinador, até então eu era apenas um
atleta”, diz ele.
Depois começaram os cursos regulares, e Marcos ficou no Nippon
como treinador
até 1988, repetindo sua rotina de ensinar de manhã e
jogar futebol e voleibol à
tarde. Dessa fase, ele se lembra do Eduardo Missaka, que dava aula de
futebol
no Nippon e era seu amigo no campo e na bagunça. Ambos jogaram
no Clube da
Turma, onde seu pai era o técnico. A ligação da
família pelo futebol era tão
grande, que seu irmão, Marcelo Yamada, que continua jogando no
Nippon, foi
convidado várias vezes para jogar na equipe semi-profissional da
Honda, no
Japão, mas ele acabou não se interessando. “Eu dizia que nunca iria
viver de tênis de mesa”, afirma Marcos. Já trabalhava como
engenheiro e tinha
um salário bom, mas continuou sua função de
técnico no Nippon, Piratininga e
Fuji Film. Em 1984 foi fundado um clube exclusivo de tênis de
mesa, a Itaim
Keiko e Marcos, depois de resistir bastante por falta de tempo, aceitou
a proposta
de trabalhar como técnico desse novo clube. Ele continua
lá até hoje e a Itaim
Keiko é a maior agremiação de tênis de mesa
do Brasil, com 250 atletas. Nesses 30 anos como
treinador, Marcos Yamada formou uma legião de campeões em
todas as categorias,
e também muitos dos técnicos da modalidade espalhados
pelo Brasil. Num amistoso
internacional realizado em 1983 no Peru, Marcos foi defender a camisa
do Nippon
na sua modalidade. Quando assistia a uma partida de voleibol, percebeu
uma
pequena, mas ótima jogadora no time do Nippon. Naquela
época, o Nippon
convidava atletas de destaque de outros clubes para integrar sua equipe
campeã
de voleibol. Era Nanci Toshie Furusho, que chegou a integrar a
Seleção
Paulista. Marcos e Nanci se casaram e seus dois filhos optaram por
jogar tênis
de mesa como o pai. Jéssica Yamada, de 15 anos, é a atual
número um dos
rankings paulista e brasileiro. Jeff Yamada, 11 anos, foi
campeão do Torneio
Encerramento da FPTM/Nossa Caixa – 2004 e está em terceiro no
ranking paulista
da sua idade. Até Um dia, Marcos Yamada foi
convidado para ajudar a divulgar a marca, e depois de algumas idas e
vindas,
acabou adquirindo a marca para si. Hoje, a Butterfly do
Brasil tem um volume de negócios significativo, sendo
representante exclusivo
da marca no Brasil e em 13 países da América. “É
volume significativo se consideramos
o número de jogadores que temos no Brasil, mas no total da
empresa no mundo, é
um volume baixo”, explica Marcos. De fato, no Brasil
existem 10 mil atletas federados (que disputam campeonatos oficiais),
enquanto
na França, que é um país menor, são 150 mil
atletas. A Alemanha tem 750 mil, e
o Japão tem 1 milhão de atletas federados, ainda distante
da China, que tem 10
milhões! Não é à toa que a China é
campeã mundial há muitos anos (no masculino,
dos últimos 15 campeonatos desde Segundo Marcos, o Brasil
tem ótimos jogadores, e foi tetracampeão nos Jogos
Pan-americanos. Perdeu nos
dois últimos anos, pois as equipes latinas estão
importando os mesatenistas
chineses. Mesmo assim e mesmo sem atletas de destaque internacional,
vive-se no
Brasil o auge do tênis de mesa. O número de jogadores
está aumentando cada vez
mais e muitas escolas estão investindo em mesas, reconhecendo as
qualidades
dessa modalidade, que pode auxiliar o aluno nos estudos, treinando a
concentração e rapidez no raciocínio. No ranking, o Brasil, que
foi campeão da 2ª divisão, sobe para a 1ª e
fica entre os 24 melhores do mundo
(8 da divisão especial e 16 da 1ª divisão). Na
época histórica de Biriba, o
supercampeão da década de 50, o Brasil chegou a 6º
lugar, e na época do
falecido Cláudio Kano, estava em 19º lugar. Diretor da
Federação Paulista de Tênis de Mesa, Marcos Yamada,
que
já tinha sua agenda ocupada por viagens, agora se preocupa em
agendar os
campeonatos dos seus filhos, além de sua
participação como comentarista da TV
ESPN. Jéssica Yamada –
sagrou-se campeã individual no World Junior Circuit,
etapa da Venezuela, em 3/2007. Ela conquistou também o
título de duplas, junto
com Karin Fukushima, no mesmo campeonato. Jeff Yamada – campeão na categoria mirim masculino ( |
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