set 032013
 

hiroshi ikuta fotoMuitos japoneses e seus filhos se destacam na produção e desenvolvimento de hortaliças, frutas e cogumelos, mas alguns ganham notoriedade. É o caso de Hiroshi Ikuta. Filho de agricultores imigrantes japoneses de Mogi das Cruzes, SP, graduou-se engenheiro agrônomo pela ESALQ-USP, em 1954. Pouco tempo depois passou a integrar o quadro de docentes do Departamento de Genética daquela escola. Foi responsável pela montagem da Estação Experimental do Setor de Melhoramento de Hortaliças no bairro de Rio Acima, em Mogi das Cruzes, inaugurada em 1960. Os trabalhos de melhoramento desenvolvidos pelo prof. Ikuta na Estação resultaram no lançamento de variedades de berinjela, repolho, alface, pepino, cenoura, pimentão entre outras espécies e revolucionaram o cultivo de hortaliças não só de São Paulo mas de todo o país.
Ikuta foi pioneiro na obtenção de híbridos de hortaliças, dos quais sempre foi um entusiasta, e desenvolveu híbridos nacionais de couve-flor, repolho, berinjela, pimentão, pepino, tomate, abóboras e milho doce.
Doutor em Agronomia pela Universidade de São Paulo, onde defendeu tese sobre o melhoramento de hortaliças no Estado de São Paulo, fez pós-doutorado em agronomia na Universidade de Kyoto, no Japão, e foi professor de pós-graduação na USP..
Nos últimos anos, o professor Ikuta dedicou-se a pesquisas com xaxim, vegetal praticamente extinto na Mata Atlântica e de fundamental importância para a conservação do solo e manutenção das águas subterrâneas, e foi colaborador da Universidade de Mogi das Cruzes, onde atuou no Centro Biomédico, além de ter desenvolvido trabalhos de melhoramento de orquídeas em convênio com a Aflord e a Fapesp.
O prof. Hiroshi Ikuta será homenageado durante o 4º Encontro Bunkyo Rural, a ser realizado em Mogi das Cruzes, nos dias 13, 14 e 15 de setembro de 2013. Mais informações sobre Bunkyo Rural no nosso post anterior.

ago 242013
 

“Somar esforços para superar dificuldades”. Seguindo esse lema, várias iniciativas ligadas ao cooperativismo surgiram no início do século 20 em nosso país. Essas entidades prosperaram durante um período, ajudaram os agricultores, disseminaram conhecimentos, facilitaram a comercialização e expandiram as fronteiras produtivas. Embora saibamos que as duas maiores cooperativas fundadas pelos japoneses cerraram suas portas ainda no século passado, não quer dizer que o associativismo tenha fracassado. Existem atualmente 22 cooperativas agrícolas fundadas por nipo-brasileiros, e para elas, o modelo tem funcionado satisfatoriamente.
O engenheiro agrônomo Isidoro Yamanaka, que atuou no intercâmbio agrícola entre o Brasil e o Japão, trabalhando no Ministério da Agricultura, onde coordenou o desenvolvimento do cerrado e sua irrigação, defende a ideia de que o associativismo (cooperativismo, sindicalismo e outros) pode e deve ajudar o agricultor a se enriquecer, desde que tenha um foco bem definido e buscando, na medida do possível, o mercado externo. “Sozinho, o pequeno agricultor não tem poder de negociação e nem será atendido pelas autoridades, mas em grupo, a força é bem maior”, explica o engenheiro, que falará sobre Associativismo no 4º Encontro Bunkyo Rural, que acontece nos dias 13, 14 e 15 de setembro de 2013, em Mogi das Cruzes.
Curiosamente, as cooperativas e os sindicatos puderam começar no Brasil por força do Decreto nº 1637, de 5 de janeiro de 1907, assinado pelo presidente Affonso Augusto Moreira Penna, o mesmo que comandava o País quando o Kasato Maru atracou em Santos, trazendo os primeiros imigrantes japoneses.
Maiores informações sobre o 4º Bunkyo Rural, veja no site.

ago 212013
 

salada600O professor Shiro Miyasaka é um famoso especialista em agricultura natural, autor de vários livros, e introdutor do cultivo orgânico no Brasil. Ele estará apresentando o Bokashi, que é uma técnica japonesa, bastante simples, porém, sustentável. Trata-se de um processo químico de compostos orgânicos, como esterco, farinha de osso, farelo de arroz e terra, que, ao ficarem misturados por 24 horas começam a se aquecer a uma temperatura ideal de 50ºC, graças à ação dos microorganismos. Depois de sete dias o Bokashi está pronto para uso. Pode ser aplicado em qualquer planta (até orquídeas, bonsais e flores) como um adubo orgânico.

O professor Miyasaka é um dos convidados do 4º Encontro Bunkyo Rural, que acontece em Mogi das Cruzes/SP, no período de 13 a 15 de setembro de 2013.
O tema do encontro é “Alimento Saudável, Lucro para Todos”. A produção do alimento saudável, além de levar saúde aos consumidores, pode e deve trazer riqueza para os produtores. É o que pensam os especialistas que estarão debatendo esses temas. Com palestras e visitas técnicas, o encontro pretende levar ideias que possam auxiliar o agricultor e os profissionais de áreas correlatas.

Para as visitas técnicas, os participantes serão divididos em três grupos. Um grupo visitará a produção de hortaliças, o outro a produção de atemóia, nêspera e caqui, enquanto o outro grupo conhecerá a produção de Shimeji e outras espécies de cogumelos.

A taxa de inscrição é simbólica: apenas R$ 50,00, e inclui refeições, transporte de São Paulo a Mogi das Cruzes, o transporte para visitas técnicas e o certificado de participação.

Destinando a técnicos, agricultores, agentes de saúde, nutricionistas, estudantes, e para todos que se interessam pela produção do alimento saudável.
Informações detalhadas estão no site do 4º Bunkyo Rural. Atenção: Só existem 200 vagas, portanto, é melhor se apressar.