Em março, o público terá a oportunidade de conhecer o trabalho do professor libanês Antoine Abi Aad, Doutor e Mestre em Design e Comunicação Visual pela Universidade de Tsukuba (Japão) e Mestre em Estudos Superiores em Publicidade pela Academia Libanesa de Belas Artes.
O tema da palestra, com realização no dia 19 de março (sábado) das 15 às 18 horas, será o “Kanji” (ideograma japonês). A unidade São Joaquim da Aliança também sediará uma exposição com 64 quadros do artista. O evento é uma realização conjunta entre a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo) e a Aliança Cultural Brasil-Japão, e faz parte dos eventos comemorativos aos 60 Anos da Aliança.
O professor Abi Aad fala japonês fluentemente e está em sua quarta visita ao Brasil, realizando oficinas e exposições em instituições de renome, como a Universidade de Brasília, Universidade Federal do Maranhão e Universidade de São Paulo. O artista é reconhecido por mais de 80 exposições e oficinas internacionais em países como Líbano, Japão, África do Sul, Coreia, China, Rússia e Alemanha
Serviço:
Palestra “Kanji” – professor Antoine Abi Aad
Data: 19 de março (sábado), Horário: 15 às 18h
Local: Auditório – Aliança Cultural Brasil-Japão – unidade São Joaquim
R. São Joaquim, 381, 6º andar, Liberdade
Informações: (11) 3209-9998 / saojoaquim@aliancacultural.org.br
Participação gratuita, limitada a 50 participantes.
Inscrições até 10/03: http://tinyurl.com/palestra-aad
Exposição “Kanji” – professor Antoine Abi Aad
Data: 19/03 a 09/04, Horário: 09 às 19 horas
Local: Aliança Cultural Brasil-Japão – unidade São Joaquim
R. São Joaquim, 381, 6º andar, Liberdade, Participação gratuita
Realização: Aliança Cultural Brasil-Japão e Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social
A arte da cerâmica se desenvolveu em diversas partes do mundo, inclusive no Japão, onde foram recuperadas peças feitas no período Neolítico (11 mil a.C.). A partir do século IV, o país recebeu grande influência chinesa, porém, criou seu próprio caminho ao valorizar o trabalho de artesãos que criaram métodos próprios de produção da cerâmica. Hoje, existem vários estilos reconhecidos e as peças continuam sendo produzidas manualmente, uma a uma, como objetos de grande valor artístico.
A HISTÓRIA DO TORNO
Os primeiros tornos surgem como meio de facilitar a modelagem da peça, sem a necessidade de o ceramista andar em volta dele. Provavelmente eram compostas de uma roda pesada que girava entorno de um eixo fixado ao chão, rodada por um bastão. Na etapa seguinte, surgem tornos movidos com o pé, que consiste numa base circular conectada por um eixo a uma roda pesada. Logo, surgem tornos de pé com pedais que facilitaram o trabalho do ceramista. Os tornos sempre foram largamente utilizados no Japão, para fazer todos os tipos de instrumentos domésticos, como vasos, copos e pratos.
Hoje, é mais comum os ceramistas utilizarem tornos elétricos que são movidos por um motor e possuem um pedal para a regulagem da velocidade.
A TÉCNICA
O torno é um importante instrumento do ceramista para a modelagem das peças cerâmicas. A peça é torneada colocando-se a argila macia em cima do disco, no centro do aparelho, molha-se as mãos ou os instrumentos para diminuir o atrito com o barro e, então a argila é afinada e modelada no formato do objeto. O Processo é rápido: em pouco tempo as peças são modeladas.
No dia 2 de agosto, domingo, será realizada uma demonstração do uso de torno na cerâmica, pelo artista Yuuki Nakatani, no Casarão do Chá de Mogi das Cruzes. A atividade faz parte do 2º Festival de Cerâmica, com exposição e vendas de 70 ceramistas, área de lazer e área de alimentação com pratos variados e o chá preto, que deu origem ao Casarão de Chá. Aliás, o próprio Casarão, construido pelo japonês Kazuo Hanaoka, em estilo japonês, aproveitando-se as curvaturas próprias das árvores em sua estrutura, já vale o passeio. O Festival de Cerâmica tem entrada franca.
DEMONTRAÇÃO DE TORNO DATA: 02/08/2015 LOCAL: CASARÃO DO CHÁ 13:00 – INÍCIO DA DEMONSTRAÇÃO 14:00 – TÉRMINO DA DEMOSTRAÇÃONo mesmo dia, o artista Osvaldo Perez fará demonstração da técnica de Raku Tradicional e de Raku Nu, com queima, das 9 às 15h30. Também será realizada uma oficina de apitos e ocarinas de Mayy Koffler, das 10 às 15h30 (com pausa para almoço). Essa oficina é paga. Informações: acasaraodocha@gmail.com – http://www.casaraodocha.org.br/
Veja como chegar ao Casarão do Chá, que fica na Estrada Nagao, km 3, bairro Cocuera, Mogi das Cruzes http://casaraodocha.org.br/wp/?page_id=24
Com objetos trazidos especialmente do Japão, o evento integra as comemorações dos ‘120 Anos de Amizade Japão-Brasil’
A Fundação Japão promove, de 21 de fevereiro a 22 de março, a exposição itinerante Artesanato do Japão – Tradições e Técnicas. Em cartaz na Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo, a exposição traz um recorte do artesanato do Japão, sob o olhar das tradições e técnicas adotadas por reconhecidos artesãos, compartilhando a habilidade e criatividade de seus trabalhos.
Segundo Kazuko Todate, curadora do Museu de Arte em Cerâmica de Ibaraki, no Japão, estarão expostos utensílios criados ao longo dos anos na vida cotidiana, em cerâmica, tingimento de tecidos, metais, marchetaria, laqueados, bambu e madeira, papel, entre outros, sempre trabalhados com técnicas adequadas, de acordo com a natureza de cada material, criando objetos práticos e com seu toque de beleza.
“Os materiais tradicionais e característicos de cada região foram transformados em utensílios práticos e artigos altamente criativos, com a esmerada técnica e talento dos artesãos, que desenvolveram a produção e a criação de obra de arte, contribuindo para aumentar o estrato do setor artístico e qualitativamente como um todo.”
As tradicionais artes que fazem parte da mostra incluem artesanato de técnicas tradicionais e materiais típicos de várias regiões do Japão, que pouco a pouco foram substituídas por modernas máquinas e produção em grande escala. A transição, explica a curadora, começou durante a era Meiji (1868 – 1912), quando o Japão ingressou na fase de industrialização.
Workshop de Marchetaria
Uma atividade paralela à exposição acontecerá nos dias 7, 14 e 21 de março, comandada por Danilo Blanco, artista visual e designer de superfície, que tem reconhecimento pelos trabalhos de marchetaria que vem desenvolvendo desde os anos 90. Nestes dias, o público está convidado a participar de workshops de marchetaria, que é a arte de combinar diferentes tipos de madeira. Os workshops acontecerão das 15h às 17h, no espaço anexo do 9º andar, com participação gratuita. São 14 vagas por turma. A distribuição de senhas para participação será feita no mesmo dia da atividade, a partir das 14h30, no 9º andar.
Exposição Artesanato do Japão – Horário de funcionamento: De 21 de fevereiro a 22 de março de 2015, de terça à domingo, das 13h30 às 17h30
Local: Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – Bunkyo
Rua São Joaquim, 381 – 9º andar (próximo ao Metrô São Joaquim) Tel: (11) 3208-1755
Entrada gratuita – Informações: Fundação Japão em São Paulo = Tel: (11) 3141-0110
A notícia é antiga, mas interessante. A Associação de Artes Tradicionais da Província de Ishikawa (Ishikawa Densankan), em conjunto com a TV Ishikawa, Innosense, Beniya e a Kanazawa University, promoveu um concurso para valorizar o uso do quimono entre as jovens. Com o nome de “Kaga Loli Design Contest”, o concurso reuniu 233 trabalhos de design de quimono no estilo Lolita.
No dia 2 de março de 2013, foi realizada a festa de entrega dos prêmios aos vencedores, com um desfile de quimonos Kaga Yuzen e um desfile da conhecida marca de moda lolita Baby The Stars Shine Bright. O evento aconteceu no Salão Shiinoki de Kanazawa. Os promotores confeccionaram os quimonos dos três modelos vencedores e mais o quimono da personagem You-chama, que simboliza o “Kaga Loli Project” e que aparece no vídeo promocional com a modelo Kobato, que é aluna da faculdade de moda de Kanazawa. Veja aqui.
Grande prêmio: Risako Higashiyama (Kaga & Rose & Girl), segundo lugar: Yurika Yoshida (Classical Lolita – Traditional Elegancy), e terceiro lugar: Aika Kaji (Classic Lolita estilo Kaga Yuzen).
A personagem-mascote criada para o evento não é fictícia. You Chama é uma homenagem à princesa You (溶姫), filha legítima do 11º xógun Ienari Tokugawa. Nascida em Edo (atual Tóquio), casou-se com Nariyasu Maeda, sucessor do rico feudo de Kaga (cuja capital era Kanazawa). O ano era 1827, e a princesa You tinha 14 anos de idade e o noivo16 anos. A cerimônia de casamento foi grandiosa com um desfile em homenagem à You em Tóquio. O portal Torii construído para a ocasião ainda existe e é conhecido como a entrada vermelha da famosa Universidade de Tokyo. You teve, no castelo de Kanazawa, quatro filhos homens sendo que o mais velho sucedeu ao trono do clã Maeda.
Quimonos no estilo Kaga Yuzen – Yuzensai Miyazaki era um consagrado artista de Kyoto especializado em tingimento e pintura em seda usada em quimonos. Em 1718, recebendo convite do senhor feudal de Kaga, mudou-se para a cidade de Kanazawa, onde se estabeleceu e preparou discípulos que mantém a tradição até hoje. Seus discípulos de Kyoto continuaram trabalhando com a mesma técnica, sendo conhecidos como artistas Kyo Yuzen. A técnica consiste basicamente em fazer todos os contornos dos desenhos com uma cola líquida à base de arroz sobre a seda pura (branca). Depois, os desenhos são pintados um a um. Por fim, toda a parte desenhada recebe uma camada de cola líquida que a protegerá da tinta que será passada em todo o tecido com uma escova (é possível misturar cores e fazer degradê nesse processo). Quem já viu a imagem de tecidos esticados no meio de um rio? Trata-se do processo tradicional de lavagem da seda, que eliminará a parte da cola.
Washi-ê é a arte que utiliza papéis artesanais japoneses, confeccionados com as fibras das plantas Kozo, Mitsumata e Gampi, ou também em versões brasileiras, produzidos a partir de sisal, ananás, bananeira, cana, entre outras plantas nacionais. O Washi-ê explora as diferentes texturas, cores e nuances dos papéis desfiados, dobrados e justapostos, resultando em não apenas quadros, mas também em objetos de decoração, como luminárias, leques, porta-joias, bolsas, cartões e muitos outros.
Cerca de 130 obras compõem a exposição, entre quadros e objetos de decoração, como biombos ou luminárias. Haverá, também, algumas novidades, entre elas o foco em Hokkaido, a segunda maior ilha entre as quatro principais que formam o Japão. Quadros com temas dessa região revelam o processo de confecção das obras com a técnica Washi-ê.
A professora Luiza S. Y. Okubo, coordenadora da exposição, foi resgatar a historia de sua família, e mais especificamente de sua mãe, que nasceu em Hokkaido. “Reuni registros, fotos e lembranças junto aos meus familiares. Esse material fará parte da exposição como resgate de memória.”
Também será apresentado, por meio de imagens e da projeção de um vídeo, o processo de fabricação do papel Washi. Haverá, ainda, um espaço interativo, para que os interessados possam experimentar a técnica, participando da colagem de papel Washi em um painel coletivo.
A 5ª Exposição de Washi-ê acontece nos dias 11 e 12 de outubro, na Associação Hokkaido de Cultura e Assistência, localizada na Rua Joaquim Távora, 605, Vila Mariana, Metrô Ana Rosa, em São Paulo. No sábado, das 10 às 18h e no domingo, das 10 às 17h.
O grupo brasileiro de Washi-ê é formado pela professora Luiza Okubo e por Amélia Yoneya, Áurea Aoki, Carlos Ernesto Trigüis, Célia Yamada, Corina M. C. Ishikura, Eiko Emura, Erica Iwakami, Izilda Rodrigues, Kimiko Mizumoto, Maria Cristina Araújo, Miriam Oshiro, Odete Higobassi, Regina Oliveira, Silvia M. Rios, Sofia K. Mine e Yeda K. Cherubini.