Em comemoração aos 10 anos de sua fundação, o Teatro Nacional de Okinawa e a Fundação Japão promovem o espetáculo Danças e Canções de Okinawa – Novos Ares de Ryukyu. O evento acontece no dia 20 de agosto de 2014, no Teatro Gazeta, com entrada gratuita.
São cinco dançarinos e quatro músicos selecionados pelo mestre Michihiko Kakazu, diretor de arte do Teatro Nacional de Okinawa, que também vem ao Brasil para dirigir o espetáculo. A apresentação inclui desde as peças mais clássicas até as mais alegres e dinâmicas, reunindo em um único espetáculo o diversificado encanto da dança, dos cantos, da música e das narrativas de Okinawa. Além do figurino vistoso, a música chama atenção por ser inteiramente executada ao vivo, no palco, ao som de instrumentos tradicionais japoneses, como o koto, taiko ou o sanshin, o clássico instrumento de três cordas.
Os ingressos (até dois por pessoa) poderão ser retirados a partir de 5 de agosto, na bilheteria do Teatro, de terça a domingo das 14h às 20h.
Danças e Canções de Okinawa – Novos Ares de Ryukyu
Data: 20 de agosto de 2014 (quarta-feira) –Horário: 20h
Local: Teatro Gazeta – Endereço: Av. Paulista, 900 – Estacionamento conveniado: Multipark – Rua São Carlos do Pinhal, 303 – subsolo (desconto com selo do Teatro Gazeta, válido somente no horário de apresentação do espetáculo). Vá de metrô!
Duração: 120 minutos
Os artistas – A apresentação no Brasil contará com a participação dos artistas Osamu Aka, Naoya Ishikawa, Satoru Arakaki, Yoshikazu Sanabe, Shigeo Miyagi; e dos músicos Toshimichi Arakaki, Itsuo Nakamura, Sanehito Takamiyagi, Kazuki Tamashiro. Além da direção de arte, de Michihiko Kakazu, o espetáculo conta com a direção de palco de Michiaki Nakamura.
Kumiodori de Okinawa – Okinawa é uma bela ilha cercada por mar azul, localizada a Sudoeste do Japão. Conhecida como o Reino de Ryukyu no passado, estabeleceu contato com diversos países da Ásia, o que permitiu que reunisse uma rica cultura. Típico no local, o Kumiodori, que ao pé da letra significa “dança em conjunto”, é estruturado por canto, música e dança. Em 2010, no intuito de preservar a arte clássica teatral da ilha de Okinawa, o Kumiodori foi designado Patrimônio Cultural Imaterial pela UNESCO. A denominação refere-se a práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados. Acredita-se que a primeira apresentação de Kumiodori tenha ocorrido em 1719, durante um banquete. Na ocasião, duas peças tradicionais – Shushin Kaneiri e Nido Tekiuchi – foram apresentadas com o intuito de entreter diplomatas chineses que viajavam ao local.
Passadas de geração para geração, as apresentações passaram a incluir o público em geral, não apenas na plateia, mas também praticando a arte.
Michihiko Kakazu – Dançarino da dança de Ryukyu e divulgador do Kumiodori, Michihiko Kakazu nasceu na cidade de Naha, em 1979, e já aos quatro anos de idade começava a praticar a dança de Okinawa. Discípulo do já falecido Nozo Miyagi, hoje é mestre na Associação Nori no Kai do Estilo Miyagi, com vasta atuação como roteirista e ator de teatro contemporâneo e também de novas peças de Kumiodori.
Em abril de 2013, foi nomeado diretor de arte do Teatro Nacional de Okinawa. Sua trajetória inclui diversas apresentações no exterior, incluindo participação como dançarino no espetáculo da Comitiva de Artes de Okinawa organizado pela Fundação Japão no ano de 2000, em comemoração ao encontro do G8. Em 2011, foi membro do Conselho de Artes de Okinawa em turnê de espetáculos pela Europa. A convite da Associação da Província de Okinawa do Brasil, realizou uma apresentação em São Paulo, em agosto de 2012.
Teatro Nacional de Okinawa – Inaugurado em 2004, o Teatro Nacional de Okinawa, na cidade de Urasoe, é um marco para a cultura local. Construído pelo governo federal japonês, é o primeiro no gênero a ser construído fora das cidades de Tóquio e Osaka. A construção do novo teatro é a prova do reconhecimento e prestigio de sua cultura na região. O novo templo da cultura tem 14 mil metros quadrados de área construída, numa área de 24 mil metros, e capacidade para 600 pessoas.
Depois da apresentação em São Paulo, o grupo segue para o Rio de Janeiro, e depois para apresentações na Bolívia, nas cidades de Santa Cruz de La Sierra e La Paz.