dez 172024
 

A Asssociação Fukushima e a ABRADEMI promovem uma atividade nova, cheia de dicas para aproveitar bem uma viagem ao Japão. Como é um país completamente diferente, saber um pouco de história, de geografia, de etiqueta e de comportamento vai facilitar bastante na comunicação e o aproveitamento da viagem será bem maior, principalmente para quem pretende estudar no Japão. Mas essa aula, que é gratuita, serve também para pessoas que viajam a turismo ou a trabalho.

A programação também inclui a parte da prática de conversação somente em japonês, utilizando temas do dia a dia. Independente do nível em que a pessoa está, em termo de aprendizado do idioma, a prática de conversação (kaiwa) ajudará bastante na hora que tiver que falar alguma coisa. Muitos brasileiros são fluentes em inglês, o que pode servir dentro de uma universidade, mas na rua, na hora de fazer compras, adquirir um bilhete do trem-bala, metrô ou ônibus, ou entrar num restaurante, é bem possível que não consiga se comunicar com os japoneses. Mesmo nos hotéis, poucos são os que dispõem de funcionários bilingues. E sempre é mais divertido falar pessoalmente, sem utilizar aplicativos de tradução, que acabam esfriando a conversa e nem sempre funcionam.

“Conversação & Costumes – Como aproveitar bem sua viagem ao Japão”, foi criado como complemento do evento “Ryugaku – Como estudar no Japão”, promovido com muito sucesso pelas duas entidades desde 2023. “Ryugaku” apresenta todas as formas de ir estudar no Japão, por conta própria, financiamento, ou bolsas de estudos de vários tipos. Dá dicas, esclarece dúvidas e permite o contato com pessoas que já se beneficiaram dessas bolsas e estudaram no Japão.l

Data: 12 de janeiro de 2025 – das 9 às 12 horas – evento presencial, com inscrição gratuita e fácil pelo Sympla.

Local: Associação Fukushima Kenjin do Brasil – Rua da Glória, 721 – Liberdade – São Paulo/SP

Textos úteis deste site:

Como é o Japão – https://www.culturajaponesa.com.br/index.php/guia-japao/japao-como-e/

Frases úteis: https://www.culturajaponesa.com.br/index.php/guia-japao/frases-uteis/

fev 282024
 

A Associação Fukushima Kenjin do Brasil está promovendo o evento “A Cultura do Saquê”, no domingo, dia 3 de março de 2024, das 9 às 11 horas, na sua sede social na Rua da Gloria, 721, Bairro da Liberdade, em São Paulo. Palestras de Kazunori Sato, fabricante de saquê da 9ª geração, Keiichi Muto, diretor internacional da Yamatogawa Sake Brewery, de Fukushima, e Hiroshi Kawazoe, importador de saquê, com tradução para português. Haverá degustação de tipos de saquê.

A base de alimentação do Japão é historicamente o arroz. E do arroz se faz o saquê, que é considerado a bebida dos deuses, fazendo parte das oferendas em datas festivas. A técnica de fazer a bebida com a fermentação do arroz é muito antiga, e provavelmente começou junto com a chegada do cultivo do arroz, por volta de 500 a.C., evoluindo através do tempo e melhorando o seu sabor. A mais antiga fábrica de saquê ainda em funcionamento é a Sudo Honke, que fica na cidade de Kasama, na província de Ibaraki. A documentação mostra que essa empresa foi fundada no ano de 1141! Comparando com isso, a Yamatogawa de Fukushima é uma empresa nova porque foi fundada em 1790…

A província de Fukushima possui mais de 50 fabricantes de saquê, e é considerada a província que produz o melhor saquê do Japão, vencendo há muito tempo o concurso anual contribuindo para isso o seu clima, o solo propício para o cultivo do arroz do saquê e a água que vem das montanhas geladas.

O evento é gratuito e não há necessidade de fazer inscrição antecipada, mas a participação fica limitada à capacidade do salão.

Conheça um pouco da Yamatogawa Sake.

fev 282024
 

A Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações – ABRADEMI, que foi fundada em 3 de fevereiro de 1984, está comemorando seu 40º aniversário com uma exposição no Museu da Imigração Japonesa, em São Paulo.

Numa época em que não se falava em mangá, a ABRADEMI procurou divulgá-lo desde o início, tratando o mangá como parte da cultura japonesa, e não como algo de consumo. Foi pioneira em evento de animê e mangá com o MangáCon, realizado por cinco anos consecutivos, onde valorizou dubladores nacionais, deu espaço para os cosplayers, criou o Anime Dance, o Anime-kê (karaokê de temas), apresentou shows de taikô e de esportes como kendô, homenageou os desenhistas veteranos e premiou desenhistas amadores com o Abrademi Contest.

A ABRADEMI também foi pioneira no curso de desenho de mangá, de roteiros de HQ, de introdução ao desenho animado, e até convidou o cineasta Zé do Caixão para ensinar a criatividade para roteiros.

No mesmo ano de sua fundação, o Brasil recebeu, em setembro de 1984, a visita do “Deus do Mangá”, Osamu Tezuka, convidado pela Fundação Japão. A ABRADEMI já havia realizado exposições, editado fanzines e participado de eventos, quando chegou o desafio maior: fazer uma exposição desenhistas de Histórias em Quadrinhos do Brasil para ser exibido no Museu de Arte São Paulo – MASP, junto com a mostra do mestre Osamu Tezuka.

Essa história da visita de Tezuka ao Brasil, bem como exposição original, está apresentada na Exposição 40 anos da Visita de Osamu Tezuka ao Brasil. Haverá palestras nos dias 17 e 24 de março de 2024, no período da tarde.

As palestras previstas são:

  1. Os desenhistas nikkeis de mangá – O escritor, desenhista e editor Franco de Rosa (Editora Press, Mythos, Opera Graphica e outros) e convidados – Dia 17/3 – 14h
  2. A História da Abrademi – Francisco Noriyuki Sato – presidente da Abrademi, presidente da Associação Fukushima, professor de História do Japão e autor de História do Japão em Mangá e de Banzai, História da Imigração Japonesa no Brasil – Dia 17/3 – 15h30
  3. MangáCon, o evento pioneiro de mangá e animê da América Latina – Cristiane A. Sato – autora do livro Japop – O Poder da Cultura Pop Japonesa – Dia 24/3 – 14h
  4. Os ensinamentos de Osamu Tezuka – profa. Sonia Maria B. Luyten, doutora em Comunicação Social pela USP, lecionou na USP, e na Universidade de Estudos Estrangeiros de Osaka e Tóquio, professora da Universidade Real de Utrecht (Holanda) e professora convidada da Universidade de Poitiers (França). Na década de 70, fundou na USP o primeiro núcleo de estudos de mangá – Dia 24/3 – 15h30
Osamu Tezuka e profa. Sonia Luyten no Japão

As exposições permanecerão no Museu da Imigração Japonesa entre 20/2 até 24/3/2024.

O Museu fica na Rua São Joaquim, 381, com bilheteria no 7º andar. Exposições no 8º e 9º andares. Palestras na sala Hiroshi Saito, no 8º andar. O museu funciona de terça a domingo, e na quarta-feira a entrada é franca. Horário: das 10 às 17 horas (a última entrada às 16 horas).

O museu tem uma pequena livraria e um bom café Nanaya com belos doces no 9º andar.

jan 302024
 

A Associação Fukushima Kenjin do Brasil, com a colaboração do grupo Study in Japan e a Abrademi, estará realizado, pelo segundo ano consecutivo, um evento presencial para apresentar a ideia de estudar no Japão. Há várias formas e muitas bolsas de estudos são oferecidas aos brasileiros. O objetivo é esclarecer todas as dúvidas dos interessados para que eles possam se preparar com antecedência e estar pronto para aproveitar as oportunidades que vão surgir no decorrer de 2024.

Na programação, serão apresentados:

1) Os custos de morar e estudar no Japão comparados com outros países.

2) Os financiamentos existentes e as bolsas de estudos oferecidas pelo governo japonês, que contemplam também brasileiros não descendentes de japoneses.

3) As bolsas nikkeis específicas da JICA – Japan International Cooperation Agency, com a coordenadora da JICA Margarida Terao Kitahara

4) Apresentação das bolsas oferecidas pelas províncias japonesas.

5) Apresentação da bolsa MEXT, do Ministério da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, por Bruno Ramos, que fez doutorado no Japão.

Distribuição de materiais de divulgação das universidades japonesas.

As palestras começam às 9 horas e vão até 12 horas. O evento é gratuito.

Somente no dia 25 de fevereiro de 2024, domingo, na Associação Fukushima – Rua da Glória, 721 – Liberdade, São Paulo/SP

set 042023
 

A União Cultural Guinkenshibu do Brasil realiza, no dia 10 de setembro de 2023, a partir das 10 horas, a 48ª Apresentação de Canto Entoado e Dança de Espada e Leque (Guinkenshibu Taikai).

O que é Guinkenshibu?
A palavra Guinkenshibu, em japonês, é uma junção de diversas palavras e significados e é considerado um Caminho, ou seja, uma forma de aperfeiçoamento pessoal e uma expressão artística tradicional. O Guinkenshibu é o Caminho que engloba a Declamação de Poemas e a Dança da Espada. Isso se expande em três artes interligadas, quais sejam:

Kenbu 剣舞 ou 剣武, que é a dança marcial da espada, baseada nas artes marciais tradicionais japonesas de combate com a espada embainhada (Iaijutsu) ou desembainhada (Kenjutsu), além de técnicas de luta corporal (Jūjutsu ou Yawara);

Shibu 詩舞, que é a dança marcial do leque, sendo uma derivação do Kenbu; e

Shigin 詩吟, que é a declamação de poemas conforme a forma tradicional japonesa. A declamação não é uma simples récita, assemelhando-se de certa forma com o canto lírico (operático) ocidental, uma vez que utiliza a voz empostada, que vem da respiração diafragmática, e obedece a determinadas regras para que o poema seja entoado de forma adequada. O Shigin pode ser feito por uma única pessoa ou pode ser feito coletivamente, no que se chama de Gōgin.

Fundamental ressaltar que o Kenbu e o Shibu são diferentes das danças populares japonesas, como o Bon Odori. Essas apresentam movimentos mais simples e não raro repetitivos, além de músicas de cunho naturalmente popular. Em contrapartida, o Kenbu e o Shibu trazem movimentos oriundos das artes tradicionais japonesas, especialmente as artes marciais, e são executados juntamente com composições literárias mais complexas. Nesse sentido, o Kenbu e o Shibu se mostram mais próximos de artes como o Teatro Nô e o Kabuki. 

Origem do Guinkenshibu
Danças utilizando espadas ou leques, em um sentido amplo, são bastante antigas no Japão, remontando pelo menos ao século VIII, quando já existiam danças utilizando espadas tanto para fins cênicos quanto para fins cerimoniais. Similarmente, mais ou menos nessa época, a composição e a récita de poemas já eram populares entre a nobreza, habilidades que, posteriormente, também se difundiram entre sacerdotes, guerreiros e outros eruditos.

Acredita-se que o formato atual do Guinkenshibu começou a se desenvolver aproximadamente em meados do século XIX, já no período do final do Xogunato Tokugawa. A popularização do estudo dos poemas levou ao recital e declamação para fins de aprendizado e apresentação, formando as bases para o Shigin de hoje.
Já na Era Meiji (segunda metade do século XIX), o Kenbu ganhou os contornos da prática atual, por ocasião das iniciativas de Sakakibara Kenkichi, um famoso samurai da época, que promoveu o Kenbu como parte das diversas demonstrações de artes marciais da época.

Ainda na Era Meiji, mestres como Hibino Raifū, Chōsokabe Chikashi (Rinma) e Kanabusa Kan’ichirō desenvolveram e formalizaram o Kenbu como é praticado hoje em dia, criando estilos de Kenbu que, por sua vez, geraram diversas ramificações posteriores. Dentro desse contexto, foi desenvolvido também o uso do leque em substituição à espada, gerando o Shibu.

No século XX, a declamação de poemas se difundiu não apenas entre os eruditos, mas também entre a população em geral. Mestres como Kimura Gakufū e Manago Saishū ajudaram a impulsionar o Shigin no Japão, fomentando a popularização da declamação de poemas.

Atualmente, existem diversos estilos de Kenbu, Shibu e Shigin espalhados por todo o Japão e em diversos países no exterior, incluindo naturalmente o Brasil. A organização que congrega a arte no Japão é a Nippon Ginkenshibu Foundation ( 日本吟剣詩舞振興会 ), fundada em 1968, que realiza diversos eventos da arte, incluindo campeonatos em nível nacional, além de estimular a difusão da arte e a formação de novos praticantes e instrutores.

48ª Apresentação de Canto Entoado e Dança de Espada e Leque (Guinkenshibu Taikai)
Dia 10/9/2023 (domingo) – Início: 10 horas
Local: Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa (Bunkyo) – Rua São Joaquim, 381 – Pequeno Auditório – Liberdade, São Paulo.

Onde praticar
Os locais de prática podem ser obtidos através do contato com a União Cultural Guinkenshibu do Brasil.
Contato: Miyamura (11) 98296-8834 (WhatsApp)