jun 152022
 

No período Heisei, o Japão começa com a moeda valorizada e empresas japonesas compram ativos no exterior, adquirindo ícones americanos como as produtoras de cinema Columbia e a Universal, além do famoso conjunto de edifícios Rockefeller Center, em Nova Iorque, e também objetos de arte. Isso causa uma reação negativa. Ocorre a privatização de grandes empresas públicas e o emprego se torna fácil para os universitários japoneses. É quando a cultura pop japonesa se torna muito popular fora do Japão.

O objetivo é facilitar a compreensão da cultura japonesa através de explicações sobre o passado e o presente do Japão. Este curso segue o currículo do curso de história para universitários estrangeiros no Japão, e contém as atualizações mais recentes da reforma de ensino japonês.
O público alvo são as pessoas que apreciam ou têm curiosidade sobre o Japão, e aqueles que pretendem visitar o país no futuro, seja como turista, a negócios, para trabalhar ou como estudante, para que tenham maior proveito da oportunidade à partir do conhecimento de sua história.

O curso será realizado on-line.

As aulas que fazem parte do curso (20 aulas) são as seguintes:
Programação (domingos – 9h às 10h30) – Local: On-Line
– 13 fev   – Aula 01 – Ocupação do arquipélago. Períodos Jomon, Yayoi e Kofun
– 20 fev   – Aula 02 – Períodos Asuka e Nara – A família imperial
– 06 mar – Aula 03 – Período Heian
– 13 mar – Aula 04 – Período Kamakura – A origem dos samurais
– 20 mar – Aula 05 – Período Muromachi
– 27 mar – Aula 06 – Período Sengoku – guerra civil e chegada dos portugueses
– 03 abr  – Aula 07 – Período Edo 1 – isolamento do Japão
– 10 abr  – Aula 08 – Período Edo 2 – fortalecimento de uma cultura própria
– 24 abr  – Aula 09 – Período Edo 3 – abertura dos portos
– 01 mai – Aula 10 – Período Edo 4 Final – turbulência na queda de Tokugawa
– 08 mai – Aula 11 – Período Meiji 1 – governo em torno do Imperador
– 15 mai – Aula 12 – Período Meiji 2 – modernização e reformas
– 22 mai – Aula 13 – Período Taisho
– 29 mai – Aula 14 – Período Showa 1 antes da Segunda Guerra
– 05 jun  – Aula 15 – Período Showa 2 Segunda Guerra Mundial
– 12 jun  – Aula 16 – Período Showa 3 final – reconstrução e crescimento
– 19 jun  – Aula 17 – Era Heisei
– 26 jun  – Aula 18 – Era Reiwa e atualidades
– 03 jul   – Aula 19 – História de Okinawa – Enquanto era o reino de Ryukyu
– 10 jul   – Aula 20 – História de Okinawa – Após se tornar uma província japonesa até hoje

Esta é a opção para pagamento da Aula 17 do total de 20 que fazem parte do curso completo. Para cada aula, o link de ingresso é diferente. Ao final do curso, será disponibilizado o Certificado de Participação com a carga horária e assinatura para aqueles que assistirem todas as 20 aulas. Para aqueles que perderem alguma aula, periodicamente é disponibilizada a opção “pós-aula”, onde o interessado pode adquirir os vídeos da aula gravada e a apostila, e assim completar o curso. A “pós-aula” também é válida para completar o curso e receber o certificado.

Há uma apostila para cada aula, que é encaminhada depois da aula pelo e-mail para todos os inscritos, junto com o vídeo da aula gravada. O Sympla cobra uma taxa de 10% sobre o valor da aula. Poderá ser pago com cartão de crédito, boleto ou débito online Itaú (a opção do boleto existe até 7 dias antes da data marcada). Para se inscrever, é preciso clicar no sinal de (+) antes de clicar em “realizar inscrição”.

Esse curso, com algumas diferenças na distribuição do conteúdo, foi realizado em 2017 na Associação Cultural Mie para mais de 200 alunos em todas as aulas. Foi repetido em 2018 e 2019 alcançando também grande sucesso e sofreu atualizações em 2020 e 2021. O curso foi realizado no formato on-line em 2020 e 2021.

As aulas serão transmitidas utilizando-se o Zoom. Os alunos precisam instalar o Zoom no equipamento que vai utilizar para assistir as aulas (https://zoom.us/) , tanto no desktop, notebook, tablet ou celular. O aluno inscrito receberá um tutorial de como fazer o acesso pelo ingresso do Sympla. O professor responderá as perguntas dos alunos ao final de cada aula. Todos os inscritos poderão assistir a aula depois, pois receberão o link para acessar o vídeo da aula pelo YouTube. Assista esse vídeo para saber como é uma aula on-line: Como é a aula on-line YouTube

Os professores são:
– Cristiane A. Sato, formada em Direito pela USP, autora do livro JAPOP – O Poder da Cultura Pop Japonesa e presidente da Associação Brasileira de J-Fashion, palestrante em universidades, entidades, embaixada e consulado geral do Japão, foi bolsista da JICA em 2016, na Universidade de Kanazawa.
– Francisco Noriyuki Sato, formado em Jornalismo pela USP, autor dos livros História do Japão em Mangá, Banzai – História da Imigração Japonesa no Brasil, entre outros, e é presidente da Abrademi e editor do site culturajaponesa.com.br. Foi também bolsista da JICA, em 2014, e ministrou palestras em universidades e museus do Japão em 2016 e 2019.

A iniciativa é da Abrademi (Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações) em conjunto com o departamento cultural da Associação Cultural e Assistencial Mie Kenjin do Brasil.

Para qualquer comunicação, utilize o endereço: abrademi@abrademi.com

nov 182021
 

Por ocasião do 70º aniversário da Imigração Japonesa no Brasil, a Fundação Japão possibilitou a primeira e única vinda do Grupo de Teatro de Takarazuka ao Brasil.

Capa do programa da apresentação de Takarazuka no Teatro Municipal de São Paulo

O grupo, que tem como característica mais marcante o fato do elenco ser composto somente por moças, se apresentou no Teatro Municipal de São Paulo no período de 3 a 12 de novembro de 1978, portanto, há 43 anos. Essa mesma apresentação aconteceu na França, nos Estados Unidos e na União Soviética, e foi muito bem recebida.

A primeira parte do espetáculo foi dedicada às tradições japonesas e recebeu o nome de “Fantasia do Japão”, com as moças de quimono cantando e dançando músicas tradicionais, lembrando o período Genroku (1688 ~ 1703), mas apresentando músicas de várias regiões. Na segunda parte, o estilo foi Ocidental, como são normalmente as apresentações desse grupo e recebeu nome de “na cadência de Takarazuka”. Como uma homenagem para o público brasileiro, a cantora Mao Daichi apresentou a música “Mas que Nada”, composta e gravada em 1963 pelo brasileiro Jorge Ben e regravada e 1966 pelo Sérgio Mendes, tornando-se um sucesso internacional.

Escola Musical de Takarazuka em 1919

O grupo de Teatro de Takarazuka foi fundado em 1913, inicialmente formada por apenas seis jovens, como uma atração para um resort turístico da cidade de Takarazuka, província de Hyogo, pelo empresário Ichizo Kobayashi. Ele era presidente da empresa de linha ferroviária Hankyu, que opera ainda hoje na região de Osaka, e pretendeu com a atração levar o público a se hospedar no resort da companhia, utilizando, evidentemente, o seu trem. A ideia deu tão certo, que em 1924 foi construído um Grande Teatro de 3 mil lugares. Kobayashi investiu também numa escola, que até hoje prepara as jovens para o grupo. Surgiram também grupos concorrentes apresentando propostas parecidas em outras localidades.

Para quem conhece a história do mangá, esse grupo teatral é o que teria influenciado o desenhista Tezuka Osamu a criar personagens com olhos grandes e brilhantes. Tezuka, quando criança, morava em Takarazuka, e uma das atrizes era amiga da mãe e eles sempre assistiam às apresentações do grupo. Como o teatro é muito grande e ele sentava atrás, não podia ver muitos detalhes, mas sempre percebia que os olhos pareciam muito grandes e expressivos por causa da maquiagem teatral. O grande mestre do mangá viu ali uma característica que se tornaria uma marca registrada do mangá.

Como a popularização da televisão, o teatro foi perdendo seu público, e no início da década de 1970, o grupo estava com as contas negativas. Quem salvou o Takarazuka, quem diria, foi um mangá. Ao ser levado para o palco, a adaptação do mangá “A Rosa de Versalhes”, de Ikeda Ryoko, alcançou um inimaginável sucesso. A concorrência para ingressar na escola de Takarazuka, que era de cinco vezes o número de vagas, depois do sucesso da “Rosa de Versalhes”, saltou para 20 vezes. Takarazuka entrou na moda, e até hoje continua encenando temporadas desse sucesso originário do mangá feminino. Takarazuka continua na moda até hoje e, além do teatro original na cidade, possui um teatro em Tóquio. Mesmo assim, é preciso reservar o ingresso com bastante antecedência.

A apresentação do Takarazuka Revue no Brasil teve o patrocínio da Japan Foundation e a colaboração da Embaixada do Japão, Comissão Organizadora do 70° Aniversário da Imigração Japonesa no Brasil, Consulado Geral do Japão em São Paulo e da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa.

Saiba mais sobre o Teatro Takarazuka, no http://www.japop.com.br/index.php/opera-takarazuka-takarazuka-kagekidan/

Mais sobre o Teatro Takarazuka, no http://www.culturajaponesa.com.br/index.php/teatro-takarazuka-se-esforca-para-atrair-publico-no-exterior/

Mais sobre “A Rosa de Versalhes”, no http://www.culturajaponesa.com.br/index.php/revivendo-50-anos-depois-rosa-de-versalhes/

out 122021
 

Os japoneses apontam o desenhista Tezuka Osamu como o Deus do Mangá. Certamente, ele é o maior nome da área, mas o mangá não começou com ele e continua se desenvolvendo depois dele. Ou seja, existem outros Deuses do Mangá.

A palestra apresenta a história da origem do mangá, partindo da ideia de que existem Sete Deuses do Mangá, que muito contribuíram para o desenvolvimento desse meio de comunicação, ilustrando com fatos históricos.

Dia 21 de Novembro de 2021 (domingo) – 9 às 10h30.  Se destina, não apenas a estudiosos do assunto e pesquisadores da cultura japonesa, como também a leitores de mangá em geral. Palestra on-line, com inscrições antecipadas e gratuitas pelo Sympla.

Palestrante: Francisco Noriyuki Sato, formado em Jornalismo e em publicidade pela Universidade de São Paulo, foi assessor de comunicação da Cooperativa Agrícola de Cotia e da Jetro – Japan External Trade Organization. É autor dos livros História do Japão em Mangá, Banzai – História da Imigração Japonesa no Brasil, A Filosofia do Samurai na Administração, entre outros. Presidente da Abrademi e editor do site culturajaponesa.com.br. Foi bolsista da JICA na Universidade de Kanazawa, em 2014, e ministrou palestras em universidades e museus do Japão em 2016 e 2019. Escreve artigos para revistas em português e japonês e edita livros. Desde 2017 leciona o Curso Completo de História do Japão.

A iniciativa é da Abrademi (Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações) em conjunto com o departamento cultural da Associação Cultural Mie Kenjin do Brasil. Apoio institucional: Fundação Japão em São Paulo.

Para qualquer comunicação, utilize o endereço: abrademi@abrademi.com

set 022021
 

Palestra gratuita on-line aborda o Culto ao Barroco Romântico no Japão.

Rococó, a estética profusamente ornamentada do século 18, uma característica da aristocracia do Antigo Regime, classificada como “decadente” e “kitsch” no Ocidente, no Japão contemporâneo é sinônimo do auge das belas artes e do romantismo ocidental. Cultuado como estilo pop art, o Rococó foi reinterpretado no Japão e passou a fazer parte da cultura e da moda contemporânea.

Fenômenos como a moda “Lolita”, “maid” cafés, a popularidade da alta confeitaria francesa e de peças teatrais ambientadas na Europa setecentista são atualmente um forte chamariz para turistas no Japão.

Mas por que o Rococó Revival moderno ocorreu justo onde era mais improvável? Para entender esse influente fenômeno do Japão contemporâneo, assista esta palestra que mostrará como história, mangás, filmes, negócios e sonhos convergiram num movimento único.

A palestrante Cristiane A. Sato, formada em Direito pela USP, autora do livro JAPOP – O Poder da Cultura Pop Japonesa é palestrante em universidades, entidades, embaixada e consulado geral do Japão, foi bolsista da JICA em 2016, na Universidade de Kanazawa, onde pesquisou sobre estética e moda japonesa. Desde 2017, ministra cursos de História do Japão.

O Culto ao Barroco Romântico no Japão
Dia 11 de setembro de 2021 - das 9 às 10h30 (horário do Brasil)
Inscrições abertas pelo Sympla e a transmissão será pelo Zoom.
Promoção Abrademi e Associação Cultural Mie
ago 172021
 

A cantora Misora Hibari já se apresentou no Brasil. Foi em agosto de 1970, portanto, há 51 anos.

Como uma estrela no auge de sua carreira, mereceu apresentação no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, que era o maior espaço para shows da cidade. Os auditórios do Anhembi só ficariam prontos a partir de 1972.

O desafio de trazer a grande artista coube aos irmãos Koei e Mário Okuhara, então proprietários da Rádio Apolo e da Gravadora Astrophone. Consagrada no Japão, Misora Hibari, cujo nome verdadeiro era Kazue Kato, era chamada de “Embaixatriz das Cantoras”, por ter iniciado a carreira no período da Segunda Guerra Mundial, com apenas oito anos de idade. Os tempos eram difíceis e seu primeiro disco “Kappa Boogie Woogie” foi gravado em 1949, assim como seu primeiro filme “Nodojiman Kyodai”, e ambos fizeram sucesso. Tendo um país completamente arrasado pela guerra, os japoneses viram, na menina de 12 anos, a inspiração de que precisavam, para seguirem na árdua luta pela sobrevivência nos anos seguintes. A garota-prodígio fez jus à esperança que depositavam nela. Trabalhou muito, protagonizou diversos filmes, gravou discos e deu shows viajando bastante, e até se apresentou no Havaí, Estados Unidos, em 1950. A imagem da pequena Hibari fazendo shows e filmes ilustravam os jornais e as principais revistas.

No Brasil, essa imagem também era muito forte. Discos da Hibari eram lançados pela gravadora Denon e seus filmes lotavam as salas da Liberdade. A vinda da Misora Hibari pode ter sido o acontecimento mais relevante até hoje em termos musicais para a coletividade nipo-brasileira. Cantores relativamente famosos estiveram no Brasil, na década de 1960, a convite do Cine Niterói, mas Misora Hibari realmente era a única a ser considerada o símbolo da canção popular japonesa.

Na mensagem dirigida aos fãs brasileiros, antes de sua saída do Japão, Misora Hibari afirmou sentir muita alegria ao saber que existem fãs no Brasil, e que o Brasil é o local mais distante do Japão, lembrando uma música que diz: “A manhã chega na parte superior do planeta Terra. No outro lado deve ser noite”. Ela afirma que, ainda criança, soube que no outro lado estava o Brasil. “Mesmo estando em países diferentes, as músicas que ligam os corações são iguais. Serão apenas três dias no Brasil, mas pretendo me apresentar da melhor forma possível”, afirmou.

Na mensagem do caderno de programação do show da cantora, o deputado estadual Shiro Kyono escreveu: “Dada a repercussão de sua fama, o governador Roberto de Abreu Sodré, por intermédio da Secretaria de Turismo, emprestou sua colaboração oficial e, no mesmo intuito, o prefeito Paulo Maluf, por intermédio da sua Secretaria de Turismo, receberá a cantora como “Hóspede Oficial da Municipalidade”.

Foi um acontecimento notável e que merece ser lembrado. 

Texto: Francisco Noriyuki Sato