Soka Gakkai Internacional – BSGI
A Soka Gakkai Internacional (SGI) é uma organização não-governamental (ONG) filiada às Nações Unidas desde 1983 e presente em 190 países e territórios. Tem como objetivo fundamental promover a paz e o respeito pela dignidade humana.
Seus membros desenvolvem amplas atividades nos campos da Paz, Cultura e Educação que incluem exposições, intercâmbios culturais e educativos, bem como ajuda humanitária em nível mundial.
Origem
Os princípios filosóficos que direcionam as atividades da SGI estão centrados no conceito de “Revolução Humana”, uma reforma interior do indivíduo que permite desenvolver a sabedoria para viver com confiança, criar valor em qualquer circunstância e contribuir na formação de uma sociedade pacífica. A conscientização das potencialidades inatas do ser humano não apenas modifica para melhor sua personalidade, como também leva a mudança de atitudes e percepções básicas sobre a natureza da vida em si, proporcionando ampla expansão da habilidade para ‘criar valor’ – do benefício, da beleza e do bem social. Esta transformação interna, iniciada a partir de uma pessoa, pode mudar o destino de uma sociedade, do mundo e da própria história da Humanidade.
Essa inspiração, assim como seu objetivo e missão, baseiam-se na filosofia humanista do Budismo de Nitiren Daishonin (1222~1282).
Filho de um pescador, Nitiren (nascido Zennitimaro) ingressou no sacerdócio e depois de um período de intensos estudos, chegou à conclusão de que todas as pessoas podem manifestar seu máximo potencial por meio de seus próprios esforços. De acordo com seus ensinos, o funcionamento de todo o Universo está sujeito a um único princípio ou Lei. Ao entender esta lei, o indivíduo pode descobrir este potencial oculto dentro de sua própria vida e obter uma harmonia criativa com o meio ambiente.
Essa filosofia representa o veículo para a transformação do ser humano, pois não estimula somente o indivíduo a manifestar seu infinito poder para enfrentar e transformar seu cotidiano, mas também o torna capaz de influenciar positivamente sua comunidade. Assim, permite desenvolver a sabedoria para entender e realizar ações com o conhecimento da profunda ligação entre a própria felicidade e a dos demais, com a compreensão de que a maior das alegrias é ajudar os outros a serem felizes também.
A meta deste processo de reforma interior está centrada na tese de que a influência de cada ação humana transcende seu contexto imediato e se estende ao redor do mundo. Este princípio humanista é o do “budismo de ação social”, que incentiva o indivíduo a participar ativamente e a contribuir para a construção de uma sociedade de paz e prosperidade, conforme o Sutra de Lótus – uma compilação dos ensinos do Buda Sakyamuni, o fundador do budismo, que viveu na Índia há aproximadamente dois mil e quinhentos anos.
Conhecido como Siddarta Gautama em sua juventude, Sakyamuni se dedicou a encontrar uma solução para o sofrimento fundamental da existência humana. Durante cinqüenta anos, se dedicou a ensinar a essência de seu esclarecimento, chamada comumente de ‘iluminação’ ou ‘Estado de Buda’. Para isso, utilizou diversos expedientes conforme o costume cultural da época, demonstrando às pessoas que através da prática correta dos ensinamentos poderia se alcançar a plenitude que ele obteve.
Estes expedientes deram origem aos vários ensinos do Buda, posteriormente compilados por seus discípulos. A partir deles, o budismo se propagou pela Índia, depois à China, Coréia e chegando ao Japão. Em cada época e local um tipo de ensino ficou mais conhecido, sendo que hoje existe diversificada ramificação das doutrinas budistas.
No Japão, durante muito tempo as escolas budistas foram patrocinadas pelo Estado e desenvolveram complexas práticas que se tornaram inacessíveis ao homem comum. Com a aparição de uma classe guerreira no século XIII e o declínio da aristocracia, surgiram novas formas mais populares de budismo. Entre estas novas formas, o Budismo de Nitiren, que reconhece e enfatiza a supremacia do Sutra de Lótus sobre todos os outros ensinos budistas.
O Sutra de Lótus, considerado como o ápice dos ensinos do Buda Sakyamuni, revela a existência da verdade universal inerente ao ser humano conhecida como ‘natureza de Buda’. Além disso, afirma que a vida cotidiana nos oferece a oportunidade para fazer uma reforma interior e assim manifestar esse imenso potencial inerente à vida (ou seja, manifestar o Estado de Buda – uma condição de vida caracterizada por uma total liberdade interior, sabedoria ilimitada e compaixão ou benevolência infinita). Isto torna o Sutra de Lótus um ensino humanista e verdadeiramente democrático, pois oferece possibilidades reais a todas as pessoas sem qualquer distinção de gênero, raça, classe social, econômica ou nível educacional.
Soka Gakkai, que significa “sociedade para criação de valor”, foi criada em 1930 pelo professor Tsunessaburo Makiguti, e inicialmente, era formada por educadores. Após a Segunda Guerra Mundial, ampliou suas atividades, abrangendo pessoas de todas as classes e profissões, formando um movimento popular no Japão. A partir de 1960, expandiu-se para outros países e em 1975 foi fundada a SGI, com a finalidade de unir os esforços do crescente número de membros.
Atuando em vários países, de acordo com a cultura e as características de cada sociedade, a SGI desenvolve suas atividades tendo como base o claro entendimento da ligação existente entre a felicidade individual, a paz e a prosperidade de suas respectivas sociedades. A promoção de intercâmbio cultural na busca de valores comuns que estão presentes em diferentes formas e em todas as culturas, tais como a tolerância e a coexistência pacífica, tem mostrado que quando se compreende plenamente a importância do conceito de reforma interior, muitos dos sofrimentos e a violência experimentada no mundo durante esses séculos poderão ser amenizados e evitados nos séculos vindouros.
Atividades em Prol da Paz, Cultura e Educação
A SGI, como um movimento humanista, promove ações e atividades para a dignidade da vida e, por extensão, a obtenção da paz. Este conceito de paz não se refere à ausência de conflitos armados, mas também a um processo dinâmico de interação entre os seres humanos a fim de transformar essa força destrutiva inerente à vida em uma força criadora – que permita a cada indivíduo desenvolver-se para criar um mundo no qual os direitos humanos sejam respeitados.
Entre as atividades básicas realizadas de forma voluntária pelos membros da SGI, as Reuniões de Palestras permitem aos convidados descobrirem qual caminho seguir para se tornarem autênticos seres humanos. A união que se consegue com este tipo de atividade baseia-se no Budismo Nitiren e na compreensão prática dele, o que se constitui numa sólida fundação para uma sociedade de paz. Visando conseguir o mesmo objetivo, também são desenvolvidas outras atividades como festivais culturais, convenções e eventos esportivos que congregam pessoas que compartilham dos mesmos ideais.
Os recursos financeiros que permitem o desenvolvimento de todas estas atividades são obtidos da contribuição voluntária de seus membros bem como dos lucros da venda de publicações internas.
Sem ser exclusivamente ambientalista ou defensora dos direitos humanos, a SGI busca, pela educação, criar a consciência da responsabilidade que tem cada indivíduo pelo nosso planeta na construção de um mundo mais humano.
Apoio às Nações Unidas
Inspirada pelo espírito pacifista da Carta Magna das Nações Unidas, a SGI trabalha para fortalecê-la e apoiá-la em suas atividades relacionadas à paz, como por exemplo, promoveu campanhas para angariar fundos no apoio às atividades humanitárias das Nações Unidas para os refugiados a Ásia, África e dos Bálcãs.
Este esforço para aliviar o intenso sofrimento das pessoas deslocadas pelos conflitos gerou fundos que foram doados ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados com a finalidade de apoiar projetos para ministrar cuidados médicos, abastecimento de provisões, educação, entre outras providências, sendo que muitos membros voluntários se juntaram em prestar auxílio como profissional da medicina, enfermagem e outros.
Além de angariar fundos para os refugiados em 1998, os membros da SGI recolheram mais de 13 milhões de assinaturas em apoio à petição “Abolição 2000”, projeto que conclama os governantes a assinarem um tratado internacional para a eliminação das armas nucleares.
Paralelamente a essas campanhas internacionais, os membros da SGI de cada país desenvolvem uma série de atividades em prol da sociedade. Na Coréia, os membros têm realizado nos últimos anos uma campanha de limpeza em várias comunidades como um esforço para apoiar a proteção do meio ambiente. Do mesmo modo, os membros da SGI de Cingapura desenvolvem uma campanha anual de ajuda aos idosos em agradecimento àquelas pessoas que contribuíram para o desenvolvimento do país. Quando ocorreram recentemente séries de desastres naturais na Índia e em El Salvador, os membros da SGI de Hong Kong, Taiwan, Japão, Estados Unidos, México e outros países ofereceram ajuda às vítimas.
Seminários
A SGI participa e organiza uma série de seminários e conferências nas quais se debatem diferentes tópicos baseados em princípios humanistas. Entre os seminários constam: “Respeito aos Oceanos”, na Austrália; “Direitos Humanos e Pluralismo Cultural”, “Reforma nas Nações Unidas”, “Aspectos Políticos e Religiosos do Conflito Cultural Global”, entre outros, organizados conjuntamente com o Centro de Pesquisas para o Século XXI de Boston, além das seguintes conferências: “As Nações Unidas e a Religiões Mundiais: Perspectiva para uma Ética Global”, “O Renascimento da ONU”, “Simpósio Budista-Cristão” – junto com a Academia Européia de Artes e Ciências da Alemanha e Áustria; “Exposição Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento: a Amazônia”, no Brasil, “Diálogos com Diferentes Religiões”, na Itália, Argentina, Estados Unidos e Venezuela.
Exposições Educativas
Realizadas com o intuito de conscientizar os cidadãos, reforçar sentimentos anti-bélicos e também incentivar o senso de solidariedade global, de acordo com a filosofia budista de respeito absoluto por tudo o que existe como vida.
A primeira dessas exposições intitulada “Armas Nucleares: Ameaça ao Nosso Mundo” ocorreu em 1982, na sede central das Nações Unidas em Nova York, e ao mesmo tempo o líder da SGI, Daisaku Ikeda, entregou uma proposta para a abolição das armas nucleares na Segunda Sessão Especial Sobre Desarmamento da Conferência Geral da ONU. Posteriormente, a exposição foi exibida em mais de trinta cidades de diferentes países.
A exposição “Guerra e Paz: a Humanidade Sobreviverá no Século XXI?” foi apresentada nas Nações Unidas em 1989 com a cooperação do Departamento de Assuntos para o Desarmamento da ONU e co-patrocinada pela SGI, pelo Escritório Independente para Eventos Humanitários e pelos Médicos Sem Fronteiras para a Prevenção da Guerra Nuclear. Esta exposição descreve uma ampla gama de problemas que a humanidade confronta, tais como a fome, a pobreza, a situação dos refugiados, a guerra nuclear e a degradação do meio ambiente, como também explora possíveis soluções.
Em 1992, foi realizada simultaneamente com a “Cúpula da Terra”, no Rio de Janeiro, a “Exposição sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento: a Amazônia”. Em dezembro de 1993, em comemoração ao 45º aniversário da adoção da Declaração Universal dos Direitos Humanos pelas Nações Unidas, foi inaugurada em Genebra a exposição “Rumo ao Século da Humanidade: Direitos Humanos no Mundo de Hoje”.
Outras exposições, tais como “Anne Frank e o Holocausto: a Coragem para Recordar”, que contou com a colaboração de Centro Simon Wiesenthal dos Estados Unidos, reflete sobre as crueldades cometidas durante a segunda guerra mundial e mostra a coragem daqueles que resistiram às suas atrocidades. A exposição “Desenhos das Crianças do Mundo”, composta por desenhos infantis de 160 países, foi realizada com a colaboração da UNESCO e outras organizações governamentais e privadas ao redor do mundo. “Diálogos com a Natureza – Fotografias de Daisaku Ikeda” reúne uma seleção de fotos de presidente da SGI, composta de cenas naturais feitas durante suas viagens ao redor do mundo em busca da paz pelo diálogo, entendimento mútuo e humanismo.
O Sistema Educacional Soka
Integrado pelas escolas de nível fundamental, médio e superior, perto de Tóquio e Osaka, bem como pela Faculdade Feminina Soka (1985) e pela Universidade Soka (1971) no Japão, este sistema é conveniado a escolas de outras partes do mundo. Os Jardins de Infância Soka foram estabelecidos em Hong Kong (1992), Cingapura (1993), Malásia (1994) e Brasil (2001). A Universidade Soka da América foi aberta em 1991, perto de Los Angeles e outro campus em 2001, no condado de Orange.
Não são escolas religiosas, mas o que é ensinado segue o modelo da “educação humanista”, ou seja, enfatiza a importância da dignidade e do valor do indivíduo e acredita na capacidade do mesmo para atingir sua auto realização. Isto se traduz em um amplo sistema educativo preocupado em cultivar o caráter, a sabedoria e a criatividade nos estudantes, em meio a um espírito de igualdade e aprendizagem mútuos com os professores. Tal aproximação combate a tendência comum entre os educadores de enfatizar demais a aquisição de conhecimentos em detrimento da formação moral e ética.
Para fomentar uma perspectiva internacional entre seus estudantes e como uma contribuição para a paz mundial, a Universidade Soka promove ativamente intercâmbios culturais e acadêmicos com universidades de todo o mundo. Possui convênios de intercâmbio acadêmico com mais de cinqüenta universidades e conta com cinco institutos de pesquisa, incluindo o Instituto de Estudos para a Paz e o Instituto para o Estudo Comparativo das Culturas. Também está associada ao Centro de Pesquisas da Bacia do Pacífico – um programa de pesquisa conjunta conduzido pela Universidade Soka da América e pela Universidade de Harvard. Este programa concede bolsas de estudos de pós-doutorado a pesquisadores que estudam política pública na costa do Pacífico.
O terceiro presidente, Daisaku Ikeda, vem realizando intensos esforços no sentido de que a cultura e a educação tenham um caráter integral e global, concebidas para que o indivíduo faça uso de todo seu potencial criativo. Um dos lemas permanentes que guiam os trabalhos educativos da SGI é o de educar cidadãos para o mundo, para que o amor natural pela terra e o país possam se fundir com a consciência das responsabilidades que nos competem como habitantes do planeta.
Instituições Afiliadas
A SGI estabeleceu e apóia instituições comprometidas com uma série de atividades culturais pois tem a certeza de que o intercâmbio cultural pode unir os corações ao redor do mundo e contribuir para um profundo entendimento internacional. Estão entre as instituições:
– Associação de Concertos Min-On – fundada em 1963, atua no campo do intercâmbio cultural internacional. Patrocina regularmente turnês de artistas de todo o mundo ao Japão, assim como atuações de grupos de música e dança japoneses no exterior. Entre os grupos musicais de renome mundial e artistas que a Associação de Concertos Min-On convidou estão a Ópera Estatal de Viena (1980), o Teatro Scala de Milão (1981), a Ópera Estatal de Colônia (1992), e várias turnês de grandes intérpretes norte-americanos de jazz. Também patrocinou grupos de balé, de tango e a popular série de concertos “Viagem Musical ao Longo do Caminho da Seda”. Com o objetivo de patrocinar jovens talentos, realiza anualmente a Competição Internacional de Música de Tóquio, com três categorias musicais: de câmara, dirigida e vocal; e também a Competição Internacional de Coreografia de Tóquio e o Festival Min-On de Música Contemporânea. Até agora, a associação patrocinou grupos de setenta e seis diferentes nações.
– Museu de Arte Fuji de Tóquio – fundado em 1983, além de trazer ao público japonês tesouros da herança cultural mundial, exibe parte de sua coleção em museus de todas as partes do mundo. A coleção permanente do museu inclui pinturas, esculturas, cerâmicas, trabalhos têxteis e laqueados de diferentes partes do mundo – da América do Sul até a Europa. O museu também tem uma exposição permanente de arte européia que vai desde o Renascimento até o século XIX. O museu abriga aproximadamente cinco mil obras de arte antigas e modernas e estabeleceu relações recíprocas de empréstimos com importantes museus e galerias de arte de todo mundo, e em suas diversas exposições continua buscando ampliar a gama de intercâmbios artísticos e culturais em escala internacional.
– Centro de Pesquisas para o Século XXI de Boston – fundado em 1993, localiza-se em Cambridge – Massachusets, EUA, é um instituto internacional e incentiva o diálogo entre estudantes e especialistas sobre os valores comuns a diferentes culturas e religiões, esforçando-se para apoiar o desenvolvimento da ética global para um século XXI pacífico. Os direitos humanos, a não-violência, a ética ambiental e a justiça no campo econômico são questões enfocadas por esse centro.
– Instituto Toda de Pesquisa para a Paz Global – estabelecido em 1996 em homenagem aos ideais difundidos pelo segundo presidente da Soka Gakkai, Jossei Toda – um pacifista determinado que clamou pela abolição das armas nucleares. O instituto reúne pesquisadores da paz, políticos e líderes comunitários para tratar de projetos relacionados com a paz e o diálogo entre as civilizações. Seu enfoque é o diálogo internacional sobre quatro temas principais: a segurança humana e a governância mundial, direitos humanos e a ética global, a justiça social e a economia global, e a identidade cultural e cidadania global.
– Instituto de Filosofia Oriental – fundado em 1962, é um centro de investigação cujo objetivo é tornar acessível às pessoas de todo o mundo a rica herança filosófica da Ásia. Com centros no Japão, Reino Unido, Rússia, Hong Kong e na Índia, promove seminários, conferências e simpósios que avaliam temas sociais e científicos sob a uma perspectiva budista ou de outras religiões. O instituto também participa de intercâmbios entre estudantes de diferentes tradições culturais.
A SGI no Brasil
No Brasil, a Associação Brasil Soka Gakkai Internacional (BSGI) é a representante da SGI. Educação e cultura são dois temas fundamentais que direcionam as ações sociais, como o Projeto “Makiguti em Ação”, o Curso de Alfabetização para Jovens e Adultos, Instituto Soka do Brasil, Centro de Pesquisas Ecológicas da Amazônia (CEPEAM) e a Orquestra Filarmônica do Humanismo Ikeda (OFBHI).
– Projeto “Makiguti em Ação” – colocando em prática as propostas educacionais do fundador da Soka Gakkai, professor Tsunessaburo Makiguti, capacita professores e pais por meio de oficinas e palestras para que ‘o aluno seja feliz enquanto estuda’, desenvolvendo seu potencial criativo e fazendo com que o currículo escolar seja absorvido pelo próprio interesse. Esse método pedagógico viabiliza uma educação humanística em prol da criação de valores humanos, pois sendo a educação uma das bases da criação da Soka Gakkai Internacional, é a condição essencial para um mundo de paz.
O projeto é implantado nas escolas por uma equipe multidisciplinar, composta de membros da BSGI sem vínculo financeiro, político ou religioso. Atualmente mais de cem escolas participam desse programa, que já despertou o interesse de várias instituições educativas e oficiais.
– Curso de Alfabetização – curso em português, com o intuito de erradicar o analfabetismo e possibilitar ao maior número de pessoas exercer sua plena cidadania, é voltado para os associados da BSGI, englobando jovens acima de quinze anos e adultos que desejam dominar a leitura e a escrita ou concluir a 4ª série para dar continuidade aos estudos. As aulas são divididas em vinte módulos por série, ministrados por professores e monitores voluntários que atendem os alunos em suas dificuldades, com avaliação diária. Existem 27 pólos de alfabetização que funcionam nas escolas públicas e nas sedes regionais da BSGI. Desde que foi instalada, mais de quatro mil pessoas já foram beneficiadas pelo projeto.
– Instituto Educacional Soka do Brasil – Tendo como lema “ser feliz enquanto estuda”, o Sistema Educacional Soka instalou no Brasil a primeira unidade em meados de 2001, em São Paulo. A Escola Soka do Brasil possui educação infantil e ensino fundamental com a proposta de formar valores humanos por meio de uma educação humanística com respeito à individualidade das crianças e buscando desenvolver nelas a coragem, a honestidade e a esperança.
– Centro de Pesquisas Ecológicas da Amazônia (CEPEAM) – vem contribuindo para a proteção da bacia do rio Amazonas, desenvolvendo exposições educativas sobre a necessidade de preservar e coexistir harmoniosamente com a biosfera terrestre, baseada no conceito budista de ‘inseparabilidade da vida e seu meio ambiente’. Como parte das atividades, um projeto de reflorestamento já transplantou mais de trinta mil mudas em áreas afetadas com o propósito de incrementar a conscientização sobre a importância de um desenvolvimento sustentável.
– Orquestra Filarmônica do Humanismo Ikeda (OFBHI) – fundada em 1993, tem como objetivo desenvolver uma orquestra que possa levar a música humanística para o mundo, realizando um rico intercâmbio entre as pessoas. Em cada apresentação é retratada a contínua luta pelo humanismo, da escuridão para a luz, do desespero para a vida plena. O nome da orquestra foi sugerido pelo compositor Amaral Vieira, em homenagem ao presidente da SGI.
A orquestra apresentou na capital de São Paulo uma série de concertos no Teatro Cultura Artística, no Parque da água Branca (evento em conjunto com o COEP, entidade fundada pelo sociólogo Betinho) e posteriormente na cidade de Itapevi. Paralelamente a essa série, promove também a série “Concertos Didáticos” com o intuito de ampliar a cultura humanística entre crianças e jovens do Brasil e do mundo.
Além de vários projetos educacionais e artísticos, a BSGI também promove exposições que visam conscientizar a sociedade brasileira sobre importantes questões mundiais.
Para maiores informações, consulte o site www.bsgi.org.br e www.sgi.org
Pesquisa: Célia Sayuri Yano
Última atualização: junho de 2006.
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