Emás num templo xintoista em Nikko – Tochigi – Foto de Dave Payne – GNU Free
O “emá” é um amuleto geralmente de madeira leve com um desenho de animal representando o respectivo ano. É encontrado em templos xintoistas, onde fica enfileirado, e cada um tem um agradecimento ou pedido escrito no seu verso.
A tradição surgiu muito tempo atrás, quando os agricultores iam ao templo pedir aos deuses uma boa colheita. E quando eram atendidos, no final daquele ano, voltavam ao templo para agradecer, e não raro deixavam uma oferenda, que poderia ser um saco de arroz ou até um cavalo. O problema surgiu quando o clima foi generoso e a colheita foi boa para muitos dos agricultores. Eles compareceram ao templo e muitos foram deixar seus cavalos como doações. Então, o reverendo superior resolveu conversar com os agricultores, explicando-lhes que o templo agradece as generosas ofertas, mas que os animais não teriam utilidade no templo, e que nem havia espaço para todos eles. Era melhor que os agricultores continuassem com os cavalos, que são utilizados na agricultura, e pudessem produzir cada vez mais e melhor, e que os deuses se contentariam apenas com a boa intenção que tiveram. Assim, entendendo o raciocínio do reverendo, os agricultores resolveram pintar o desenho do cavalo num pedaço de madeira e deixar no templo. E essa se tornou a prática mais comum. “Emá” significa literalmente: “desenho de cavalo”.
Só mais tarde, os animais do horóscopo oriental passaram a ser incorporados nas tabuletas do “emá”, e hoje, todos os anos o desenho do animal é trocado. No “emá” de 2013 aparece uma serpente.
Esse “emá” e outros amuletos típicos (como aquele da proteção do motorista ou do parto) podem ser encontrados em São Paulo, no Templo Xintoista do Brasil. Rua Estado de Israel, 76 – (metrô Vila Mariana) Vila Clementino – São Paulo/SP Tel.11 5575-4783. Esse templo tem uma pequena barraca na Feira Oriental da praça da Liberdade, aos sábados, entre 9 e 16 horas, que vende esses amuletos e escreve em shodô (caligrafia a pincel).
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