Existem vários museus em Tóquio, e esse não é o maior, mas é muito grande e a visita é obrigatória para entender a história moderna do Japão. O Edo-Tokyo Museum fica bem ao lado do Ryogoku Kokugikan, local onde acontecem os tradicionais campeonatos de sumô, outro lugar que merece uma visita, pois funciona no local o museu do sumô.
O moderno prédio de sete andares contrasta com o seu conteúdo, mas não importa, lá dentro é uma imersão na história japonesa, principalmente de Tóquio. Subindo por largas escadas em local aberto chega-se aos guichês de venda de ingressos. Esse é o terceiro andar do prédio. Dali, as entradas se dividem para o acesso às exposições temporárias e ao acervo fixo do museu. Para quem tem dificuldade com o idioma, há guias voluntários que ficam no sexto andar. Inglês, francês, alemão, chinês, espanhol, russo e até húngaro, mas não tem guias que falem português. Há também aparelhos de audio para alugar, mas também nada de português.
A visita deve ser iniciada pelo sexto andar. Aqui está uma mostra de como era a cidade no período Edo (1603 a 1868), com uma réplica da ponte Nihonbashi, toda de madeira clara, e muitos mapas e maquetes da cidade. Embaixo da ponte está o quinto andar, dividido entre o período Edo e Meiji (1868 a 1912). Um grande espaço para entender como viviam os samurais e as pessoas comuns, o que eles liam e usavam. Há uma vistosa réplica de um teatro da época, que contrasta com o edifício quase ocidental do outro lado do salão, que representa o bairro de Ginza. O grande terremoto de 1923 que destruiu a região e o bombardeio durante a Segunda Guerra são também lembrados com fotos e objetos. Há uma réplica em tamanho real de uma casa típica, onde o visitante pode entrar e ver, e as carruagens que também podem ser experimentadas. É uma viagem ao passado.
Nos andares inferiores ficam as exposições temporárias. Uma grande exposição sobre as Olimpíadas de Tóquio de 1964, que comemoram o 50º aniversário, e sobre o trem-bala inaugurado pouco depois, foi o destaque até 16 de novembro. E até dia 30 de novembro, poderá ser vista a exposição fotográfica de Koji Morooka sobre a modernização do bairro de Ginza.
O museu promove constantemente palestras e debates, e possui até uma espécie de clube, onde os associados se reúnem para trocar idéias sobre história local. Há uma biblioteca para consulta, algumas lojas de presentes e livros e três restaurantes e um local amplo para saborear “obentô”.