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A Associação Fukushima Kenjin do Brasil, em conjunto com a Abrademi, promove um treino gratuito da dança de bon odori, no caso, treinando o Waraji Ondo, que é típico de Fukushima e é apresentado no Waraji Matsuri todos os anos.

Dia 22 de outubro de 2023, na sede da Associação Fukushima, na Rua da Glória, 721, Liberdade, São Paulo. Das 10 às 12 horas, com a coordenação do grupo Ryo Kochi Yosakoi. A participação é aberta ao público.

Em todos os eventos de bon odori, há um grupo que conhece a música e começa os primeiros passos, e logo em seguida, chama o público para participar. Nessa hora, é interessante conhecer pelo menos os passos básicos para entrar na brincadeira e fazer parte do grupo. Essa é a ideia da Associação Fukushima. Qualquer pessoa, sem qualquer aptidão para dança, poderá participar. Crianças a idosos, não há qualquer limite de idade.

As músicas de bon odori são variadas, mas todas são parecidas em termos de dança. Quem consegue dançar uma, conseguirá facilmente aprender outras danças de bon odori. Músicas pop são também utilizadas nos eventos do Japão e também em outros países.

Quanto ao Waraji Ondo, tem uma história bem antiga. No meio da atual cidade de Fukushima, existe uma montanha alta chamada Shinobuyama. Desde antigamente, se dizia que os deuses habitavam nesse lugar. Um dos deuses, Niou-sama, seria um gigante, e protegia a saúde dos viajantes. Como as viagens na época eram todas a pé, andando por trilhas com espinhos, insetos e cobras, era fundamental proteger os pés.

Assim, foi feita uma sandália de palha (waraji), de 12 metros de comprimento, e cerca de 100 pessoas carregavam-na até o templo de Niou-sama, sempre no mês de fevereiro.

Essa procissão deu origem ao atual Waraji Matsuri em 1970, quando foi feito outro waraji gigante para formar o par. O Waraji Matsuri é realizado no mês de agosto, em três dias. O bon odori é um matsuri de finados. E os finados no Japão acontecem em agosto, nas férias de verão japonês.

Curiosidade: Quando arrebenta a tira do chinelo, ainda hoje, os japoneses dizem que vai acontecer alguma coisa ruim. Os imigrantes japoneses também diziam o mesmo no Brasil. De fato, o waraji era o calçado fundamental para as viagens que os antigos faziam a pé. Como um adulto andava em média 40 km por dia, o waraji não durava muito tempo, tendo que ser substituído várias vezes durante a viagem. E se você não tiver outro waraji para substituir, bem, coisas ruins vão acontecer.

Dia 22 de outubro de 2023 (domingo), na sede da Associação Fukushima, na Rua da Glória, 721, Liberdade, São Paulo. Das 10 às 12 horas

Informações: abrademi@abrademi.com